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À reboque da pandemia: Demissões e pré-falências colocam o setor de Transporte Público em Alerta


A Frente Parlamentar Mista do Transporte Público (FPMTP) vêm acompanhando de forma ostensiva e propositiva os últimos dados sobre a preocupante retração do setor de Transporte Público Urbano em decorrência do avanço da pandemia de Coronavírus no Brasil.

Recente Pesquisa publicada pelo Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas (FGV – CERI) aponta que as empresas de transporte coletivo por ônibus estão operando com uma redução média de mais de 75% dos passageiros desde o início das medidas de isolamento social.

O estudo destaca ainda que o maior impacto da pandemia tem sido a queda no faturamento (71,1%). Chama atenção a paralisação total ou parcial das atividades de 38,9% das empresas e o grave comprometimento da capacidade de pagamento dos salários destacada por 41,4% delas.

Sem dúvida foi essa dinâmica que atingiu, por exemplo, a Viação Reunidas (VR), uma das concessionárias do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia, que anunciou esta semana a suspensão temporária de suas operações em virtude da drástica redução na demanda – que chegou em 80% – após o primeiro decreto estadual definindo a quarentena.

Importante ressaltar que a instabilidade da mobilidade urbana no Brasil, gravemente asseverada hoje pelo cenário de pandemia mundial, já era ponto nevrálgico mesmo antes, devido a seus modelos frágeis de financiamento e arrecadação tarifária do setor. Para o Presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Mobilidade Urbana, Rodrigo Tortoriello, “a crise sanitária que estamos passando só veio a aumentar a instabilidade financeira do setor. Algumas concessionárias já estariam entrando em processo pré-falimentar, com graves reflexos na vida dos seus funcionários, acarretando inclusive demissões, atrasos com fornecedores e nos pagamentos de impostos”.

Na tentativa de chamar a atenção do poder público para esse cenário agravado pela expansão do Coronavirus, recentemente, a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana e Associação Nacional de Transporte Público (ANTP), apoiados pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e pela Frente Parlamentar Mista de Transporte Público (FPMTP) propuseram uma solução e enviaram a proposta de criação do Programa Transporte Social ao Ministério da Economia.

O programa propõe que o governo destine R$ 2,5 bilhões por mês para compra de créditos eletrônicos de passagem enquanto durar a crise da COVID-19. A previsão é que a medida seja capaz de equilibrar custos e receitas no setor e manter em funcionamento mínimo do transporte público de passageiros.
Fonte: ANTP

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